CATEDRAL DE NOTRE DAME DE CHARTRES
A arquitetura românica ainda é
predominante em princípios do século XII, mas as primeiras mudanças começaram a
aparecer. Mudanças essas que conduziriam a uma revolução profunda na arte de
projetar e construir grandes edifícios.
A
Igreja era o lugar onde os reis franceses eram sepultados, levando às
constantes reformas das igrejas e a Abadia de Saint Denis (a primeira obra de
arquitetura gótica de que se tem notícia.) teve sua terceira reconstrução
iniciada em 1137, quando o abade Suger (Monge Francês (1081-1151), fiel
conselheiro de Luiz VI e Luiz VII, que lhe confiou a regência da França durante
a Segunda Cruzada de 1147 a 1149) , decidiu ao renovar os edifícios da abadia
manter a cripta no estilo românico, porém, após a reconstrução da fachada
ocidental, que foi completada em 1140, a reformulação do coro, encerrada em
1144, marcou o início algo além do que um simples estilo, o espírito gótico.
E Assim o estilo gótico surgiu no século XII.
Entretanto, as primeiras esculturas em estilo gótico seriam
encontradas na Catedral de Chartres (Pequena cidade ao centro de França).
CHARTRES E SUA CATEDRAL
No
período em que as grandes estátuas eram esculpidas, a filosofia de Platão (Monge
Francês (1081-1151), fiel conselheiro de Luiz VI e Luiz VII, que lhe confiou a
regência da França durante a Segunda Cruzada de 1147 a 1149) , aceita entre os
mestres das universidades, admitia uma solução realista ao problema dos
universais, fazendo com que os escultores desprezassem a individualidade e não
esculpissem retratos. Seguindo essa “recomendação” os artistas escultores da
época esculpiam modelos de pessoas, figuras do Rei, do Bispo, de cavaleiros,
mas não identificavam quem era.
O
Sistema platônico desprezava a matéria, e infiltrava a idéia de um mundo ideal,
totalmente espiritual; por isso a pouca importância a suas estátuas como um
todo, onde rosto demonstrava frieza e impassibilidade e sem emoções, sem
sentimentos, olhar vazio, sem expressão nem de felicidade ou tristeza e alem do
mais, desprovidas de movimento, com formas lisas, vestes com dobras sem
profundidade, simétricas em suas linhas, mas muito além das proporções normais
com relação a cabeça/corpo, quase estilizadas, muitas utilizadas em colunas,
como um complemento delas.
Toda
essa estrutura nova, aliada ao fato de as cidades estarem em franco crescimento
e com o término do regime feudal, foi aos poucos aparecendo e, logo, ficando
evidente nas igrejas desse período o desenvolvimento do espírito gótico.
Diferentemente das catedrais românicas que se apresentavam em uma atmosfera
densa e escura e era em caráter primário o lugar onde os homens “religiosos” e
os criminosos da Idade Média se escondiam com medo do seu próprio Deus,
carrasco e vingativo; as catedrais góticas se abriram para a luz do mundo
externo, modificando-a e tornando-a fantástica, sobre-humana, pelo efeito dos
grandes vitrais, que foram sistematicamente incorporados aos elementos
estruturais, os arcos pontiagudos, as abóbodas ogivais, arcobotantes e
contrafortes, estruturas que alcançavam alturas extraordinárias, tornando-se um
símbolo dessa época.
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