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19 de janeiro de 2012

O GÓTICO RADIANTE







O Século XIII, testemunha o apogeu do Estilo Gótico, onde a escultura é talvez a mais perfeita que se tem notícia, sem precedentes na História.

O período do apogeu da escolástica, ao tempo em que Tomás de Aquino concebeu a Suma Teológica homogeneizando a filosofia de Aristóteles e o por feliz conseqüência o Cristianismo.

Nesse conceito aristotélico todos os seres  presentes a nossa volta possuem  a matéria e a forma como causas essenciais, sendo a causa material aquela coisa ou aquilo do qual são feitas as coisas (fonte primeva), ao tempo em que a causa formal é aquilo que faz da coisa o que ela é (efeito).

Por isso, os dois elementos devem estar representados na escultura, de forma diferente ao conceito platônico, Aristóteles aceitava a matéria de maneira concordante com o Cristianismo onde se exemplifica que foi Deus o criador de todas as coisas (matéria).

Nessa época surgiram as catedrais de Reims, parte da Notre-Dame de Paris (que Victor Hugo imortalizou em sua obra)  e Estrasburgo, com a representatividade em sua estrutura e decoração do ser palpável, com forma e matéria.

Podemos vislumbrar então que de uma  maneira um tanto diferente do período anterior, que as personalidades agora são retratadas com todo o seu esplendor e individualidade, onde são representados: o Rei Luís (são Luís), e até mesmo o próprio Abade (monge) Sugër. Onde os cavaleiros são nomeados e existem realmente, deixando de ser esculpida a personalidade ideal, ou representada apenas pelo seu título ou símbolo, mas personificada, e diga-se de passagem,com grande equilíbrio de formas e grande perfeição, representando as emoções e movimentos, em gestos onde a ação permanece  no tempo, as vestes tornam-se mais espessas ou leves, tem dobras bem definidas e se movimentam com leveza e perfeição.



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